17.2.24

Do uso das coisas e outras histórias

Gosto de ver as coisas usadas (mas não negligenciadas, que é muito diferente). Uma das razões da minha aversão aos «iates», sejam super, mega ou o raio que os parta vem dessa necessidade que eles têm de ter tudo sempre como se tivesse acabado de sair do estaleiro. Tudo tem de estar como novo, como se não fosse usado. Tem nada a ver com valor de revenda nem com a estética. É uma simples manifestação de poder - coisa à qual sou mais ou menos alérgico, forçoso é reconhecer. Uma coisa usada e bem tratada é, para mim, mais bonita e tem mais histórias para contar do que uma que parece não ter vivido um dia que fosse.

Claro que este princípio (mutatis mutandis) pode aplicar-se a pessoas, sobretudo se forem do sexo feminino. Mas isso é outra história.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.