17.2.24

O resto é conversa

A minha geração (e muitas outras antes dela, verdade seja dita) atribuía qualidades mírificas ao coito. Ele era «encontro de almas», «descobrir o outro» e sei lá que mais. Tretas, claro. Como dizia uma namorada que um dia tive: conversas de iroku (a namorada do pai era japonesa e ela não gostava por aí além da senhora).

A verdade é que molhar o pincel é bom e não molhar é mau (ou pelo menos é uma ausência de bom, o que para certas idades são equivalentes). O resto é conversa de encher chouriços, versão portuguesa da tal senhora. A verdade foi muito bem expressa por Reiser numa série de cartoons: «On ne baise plus, on s'aime». Basta fazer uma pesquisa no Google e eles aparecem.

O resto é conversa.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.