16.4.24

Sonhos, filmes

Trevas e sonhos são como o rabo e as calças, andam frequentemente juntos mas nem sempre. As sestas quotidianas produzem sonhos e são feitas às claras. E nem todas as noites me lembro dos sonhos ao acordar. A capacidade onírica de um sono não depende da luz exterior. Verdade seja dita: ignoro totalmente de que depende. Sei que a maioria dos meus sonhos tem um pormenor que me faz perguntar por onde é que as sinapses absorveram tanta informação. Pelos olhos? Ouvidos? Pele? Outra pergunta: que raio de coisas me anda a circular pelas sinapses? Que segredos escondem os neurotransmissores que por elas passeiam? E como os guardam tanto tempo, às vezes? Porque é que os sonhos adquiriram esta carga conotativa tão favorável, quando por vezes são tão aterradores? Não me refiro sequer aos pesadelos, mas aos sonhos normais, que vão buscar pormenores quase microscópicos, sonhos kafkianos, hiper-realistas do absurdo?

Dizem que sonhar é como ir ao cinema enquanto se dorme. Eu preferiria escolher o filme e deixar as trevas para quem gostar de filmes de terror.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.