Dei recentemente os primeiros passos no biquiniquês. Aprendi que os biquinis falam para tias, tias-avós, avós, com dourados ou sem dourados. Imagino que o façam também para outros grupos etários ou de parentesco.
Falo e escrevo relativamente bem - ou pelo menos aceitavelmente - quatro línguas. A junção de mais uma a este grupo é no mínimo enriquecedora. Além disso, é um indubitável passo na direccção desse mundo do qual me sinto tão auto-excluído. Isto dito, os fonemas de um biquini são inegavelmente mais interessantes do que os da palavra «sentido», por exemplo. É igualmente certo que do biquiniquês passarei não tarda para o camisês, sapatês ou - assunto que me apaixona - chapeusês. É toda uma nova gramática que me espera.
Não posso esperar o momento de lhe pôr os olhos em cima.
Não leio mas escrevo. Antes assim. Por mau que seja, sempre é melhor do que não fazer nem um nem outro.
Trago a A. a Colonia San Jordi e enquanto ela vai para a praia eu vou ao Es Cani, cujo empregado me parece mais antipático do que o habitual. Não é antipático, é só maiorquino. Ou seja, poupado: se sorri tem de pagar mais impostos. O lugar está cheio de turistas jovens e bonitas mas estão sentadas na esplanada do outro lado da rua e só as vejo quando por qualquer razão têm de ir ao balcão. Isto é: quando o rei faz anos ou o empregado esboça um sorriso, o que acontecer primeiro.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.