Prepara-se a noite para entrar, pé a puxar pé e eu deixo-me puxar por cada um dos pés, devagarinho, como se não quisesse nada com ela. Quero, claro. Abraçá-la, beijá-la, acolhê-la nestes braços sequiosos de sono e que em vez disso escrevem (disparates, ainda por cima). Amanhã tenho de acordar cedo - ou seja, à hora habitual - fazer o saco e arrancar. É preciso lavar o mastro, está infecto e envergar a grande para acabar de vez com o lazybag. E a genoa, ver se esta merda pode pelo menos navegar. Depois há os acabamentos, mas esses vão ser poucos. No meu dia de anos isto estará pronto. Vai ser a melhor prenda de aniversário da minha vida.
Hoje recusei um overnight de uma semana por causa dos day-charter. Que se lixe. É preciso pôr o P. a funcionar e andar põe essa ilha fora não ajuda.
Herdei do meu Pai esta incapacidade absoluta de não pôr o trabalho à frente de tudo o resto. O trabalho e a palavra, as duas prisões.
(Cont.)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.