12.9.24

(Cont.), beleza

- Como se a beleza fosse um mundo, um mundo que não admite a mentira - como o mar, de resto, não se pode mentir ao mar, no mar. A beleza é assim. A mentira é detectada e expulsa imediatamente. Talvez seja por isso que somos "oprimidos pelas imagens da beleza": não há escapatória, não há aquelas vias nas autoestradas para os camiões que ficaram sem travões. Só há a beleza e a sua ausência. Não há espaço para a mentira. A beleza contém em si a verdade e só a verdade.

- E o amor, que fazes tu do amor?

ADENDA 
"Tout amour est divin. J'entends par "divin" la vie humaine, rien qu'humaine, délivrée d'elle-même."

"Si tu n'écris pas contre toi tu n'écris rien."

(Christian Bobin, Le Murmure, ed. Gallimard.)

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