- Como se a beleza fosse um mundo, um mundo que não admite a mentira - como o mar, de resto, não se pode mentir ao mar, no mar. A beleza é assim. A mentira é detectada e expulsa imediatamente. Talvez seja por isso que somos "oprimidos pelas imagens da beleza": não há escapatória, não há aquelas vias nas autoestradas para os camiões que ficaram sem travões. Só há a beleza e a sua ausência. Não há espaço para a mentira. A beleza contém em si a verdade e só a verdade.
- E o amor, que fazes tu do amor?
ADENDA
"Tout amour est divin. J'entends par "divin" la vie humaine, rien qu'humaine, délivrée d'elle-même."
"Si tu n'écris pas contre toi tu n'écris rien."
(Christian Bobin, Le Murmure, ed. Gallimard.)
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.