Frio, chuva, mais chuva e frio. Estive aqui faz agora um ano, mais dia menos dia e queixava-me de a temperatura não passar dos vinte e dois graus. Bem, agora está nos quinze e vai subir até aos dezoito, diz-me a meteo da Microsoft, ignoro qual seja. Tanto o GFS como o ECMWF - consultados por curiosidade - apontam para dezassete. O meu termómetro interno diz simplesmente «Frio, demasiado frio». Se bem na verdade a chuva me custe mais a suportar. Enfim, é o que é.
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Um dos tripulantes - o sobrinho - descobriu ontem que na segunda que vem tem de estar na Holanda, por causa do trabalho. Resultado: o plano agora é ir daqui directamente ao Porto. Queria parar na Corunha para adquirir material defensivo anti-orcas mas parece-me que vou ter de ir sem isso. Merda de tempos estes em que a única espécie não protegida é a humana.
Isto dito, o jovem é um tipo porreiríssimo, um excelente tripulante apesar da sua total inexperiência e tenho pena de o ver partir.
Isto dito, o jovem é um tipo porreiríssimo, um excelente tripulante apesar da sua total inexperiência e tenho pena de o ver partir.
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Descubro uma inusitada e até agora insuspeita atracção pela palavra «amanhã», exacerbada pela hiper-actividade dos meus tripulantes. «Deus fez o mundo, os holandeses fizeram a Holanda», dizem eles. Agora que a Holanda está feita continuam a fazer sem parar. É vertiginoso, tanto «fazemos agora, que fica feito». Também já fui assim, penso, mas agora não sou. Amanhã é uma palavra deliciosa, terna, acariciadora, carinhosa. «Não deixes para amanhã o que podes fazer depois de amanhã», dizia a piada do MAD Magazine que tantas vezes usei ironicamente. Pois agora ganhou estatuto de primeiro grau.
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