Venho por este meio (porque não tenho outro. Tivesse-o e usá-lo-ia. Por exemplo, dao zi bao. Mas não tenho. Sou pobre de meios. Só tenho este.) Continuemos: venho por este meio reclamar contra o Metro de Lisboa, primeiro. E felicitá-lo, depois.
A reclamação provém do desapontamento de ter acedido à estação Baixa-Chiado pelo lado do Chiado e todas as escadas rolantes estarem a funcionar. É decepcionante. Vem um indivíduo, cheio de boa vontade, a fazer apostas consigo próprio sobre a quantidade de escadas paralisadas e oops, zero, nil, nem uma. Todas funcionavam.
Felizmente o Metro conseguiu repor a normalidade na estação do Marquês - os dois tapetes para se mudar de uma linha para outra estavam avariados. É importante as instituições lutarem por manter a normalidade. Um cidadão fica apeado, surpreso, abatido - as traduções não são minhas. Procurava désarçonné - quando chega a uma estação de Metro e todos os equipamentos funcionam. A normalidade é importante. Parabéns portanto ao Metro que conseguiu desequilibrar-me na Baixa-Chiado e rapidamente me recuperou no Marquês.
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Outra felicitação: o SNS. Gastei um monte de massa para corrigir o erro de ontem, consegui chegar ao Hospital à hora que tinha previsto - e de que tinha avisado a veneranda instituição - e acabei por não ser recebido pelo médico, que entretanto já se tinha ido embora. Tudo bem: ele tinha bastantes circunstâncias atenuantes e não lhe quero mal. Bastar-me-ia que ele morresse num mar de dores semelhante àquele aonde procuro sobreviver.
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«Os comboios europeus têm rodas ovais.» Li isto num livro de espionagem americano há cerca de duzentos e cinquenta anos e cada vez que ando de comboio em Portugal lembro-me da frase como se a tivesse lido ontem. Acho piada a um país que quer fazer TGV e não consegue pôr os comboios que tem a andar direitos.
Enfim, piada é uma maneira de dizer.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.