Domingo à noite tive de ir às urgências do hospital de Palma e hoje fui a um centro de saúde completar o tratamento recebido no hospital. Não é a primeira vez que usufruo dos serviços de saúde desta cidade e posso portanto confirmar o que hoje à tarde intuí: esta cidade não tem doentes. Tem hospitais, centros de saúde, farmácias - mas doentes nem vê-los. A minha estadia no hospital, incluindo um engano que me custou dez minutos, foi de uma hora, porta a porta. No centro de saúde - enorme, limpo e vazio - havia uma pessoa à minha frente. Levaram mais tempo a tratar da papelada do que a médica levou a receber-me e receitar o que tinha a receitar. Exactamente como no nosso país, o que me deixa bastante sossegado.
Enfim, ironizo. Em Portugal é o contrário. Os serviços de saúde estão cheios, as esperas são imensas, os locais têm mau aspecto, terceiro-mundista. Vá lá, temos o Cristiano Ronaldo para salvar a honra do convento. Não fosse ele e a vida no nosso país não seria a mesma coisa. Seria pior.
Desta vez no norte do país. Quero. Mas o cepticismo mantém-se. Deve ser a esta mistura que se chama experiência. Ou bom senso, vá lá saber-se.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.