Transformar a nascente de um rio num largo rio tranquilo leva o seu tempo. O mesmo que leva um amor nascente a transformar-se num largo amor tranquilo? Não sei. A minha experiência em largos amores tranquilos é reduzida. Deles só sei que é isso que quero e suspeito que é isso que me espera. Não é tarde. Nunca é, para ter o que sempre se quis ter.
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Fui a Valença, pela primeira vez. Última em fim-de-semana de período natalício. É espantoso como as "Festas" conseguem dar cabo de tudo o que tocam.
Com algumas excepções, admitidamente. As luzes de Natal de Palma são bonitas, por exemplo. Mas essas excepções são raras. A visão daquele castelo a cheirar a churros, cheio de gente, de música horrorosa e de lojas todas iguais permanecer-me-á na memória enquanto houver natais. E memória, claro.
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Felizmente estava com o meu largo rio tranquilo e encontrámos um café quase vazio aonde nos espraiámos tranquilamente em conversa. O espírito de rebanho dos turistas é invariavelmente uma bênção. As ruas ao lado da que está cheia estão vazias. Acontece em todas as cidades que recebem essa admirável espécie.
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Hoje vi no programa de Ricardo Araújo Pereira uma cena que o Chega fez com uns panos pendurados nas janelas da A. R.
O ponto a que os políticos tradicionais deixaram a nossa civilização chegar (está longe de ser um problema português) para que haja mentecaptos a defender estas "manifestações" é extraordinário.
Se bem seja forçoso reconhecer que os idiotas das tabernas também merecem ser representados. Os políticos tradicionais deviam tê-los ouvido. Agora é tarde. Estamos nas mãos dos Venturas e dos Pintos deste mundo.
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Aviso à navegação: a Adega Cooperativa de Vila Real faz o melhor vinho que oito euros podem comprar.
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Terça-feira vou para Palma.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.