25.1.25

Palavras, tu. Ou: o vazio

Verdade seja dita: se não te escrevesse a quem escreveria? Que faria das palavras? Andariam por aí feitas tontas,  sem direcção, sem norte nem oriente, às voltas. Ainda me tomavam por alvo, esburacavam-me a carapaça, às voltas sim mas dentro de mim, que essas coisas são como a natureza, têm horror ao vazio e mal apercebem um, ténue que seja tratam logo de o encher, as malvadas, malandras, patifes, vadias, vagabundas.

Sem ti, que contigo parecem as renas do Pai Natal a puxar o trenó dos sentimentos. E sabem muito bem para aonde vão. 

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.