O dia começou tarde - estou engripado / constipado / covidado (riscar o que não interessa) - e com uma comedia dell'arte que já comecei a descrever mas que agora me parece demasiado sem interesse para transcrever. Gritos, uma casal de maricas e eu completamente ao lado, como de costume. É aflitivo, o que as coisas conseguem passar-me ao lado.
Cenas da vida quotidiana na Volta Dos. Não tarda tê-las-ei esquecido. O que não falta na minha vida são cenas da vida quotidiana.
A mesa é num canto, em baixo, no caminho para a casa de banho, num sítio aonde raramente há alguém (hoje há. Há sempre que lá em cima está cheio). A vida passa por mim e não pára. E eu estacionado ao lado dela.
Há porém razões objectivas para gostar desta mesa: parece uma área de repouso na autostrada da vida. Enfim, do bar. Ouve-se o barulho mas não se é parte dele.
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Esta constipação / gripe / covid aborrece-me. Um homem só deve adoecer se tiver alguém para cuidar dele. Sozinho não chega sequer a ser doença. É como aquela história do barulho na floresta: se ninguém ouvir, é barulho?
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Razões para gostar do Gibson's: as doses são grandes, comparativamente baratas e está perto.
E tem uma mesa para mim quando eu preciso.
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Cedo piaste: o meu canto encheu-se de gente ruidosa e que ainda por cima me pediu a cadeira aonde tinha o saco e o chapéu.
Tudo isto antes de o Baileys acabar.
É impossível explicar a um espanhol que um bar é um lugar aonde se vem para reflectir, não para gritar. Infelizmente não são os únicos.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.