Por ordem cronológica inversa, a partir de agora, sentado no meu escritório da Plaza Mayor, ainda todo moído da boca e chateado com o olho direito que piora a olhos vistos. Dizem que o tempo tudo melhora mas deve haver excepções. Esta carcaça é de de certeza uma delas. Não a vejo melhor agota (sem jogo de palavras) do que há, digamos, vinte anos.
- Última sessão de dentista. A questão que se põe é: até quando? (Cf. supra);
- Sublime concerto de «música do mediterrâneo» (aspas porque cito) nas ses Voltes, um espaço ao ar livre nas muralhas, mesmo por baixo da Catedral. Um grupo de cinco gregos que reinterpretava a música dos Balcãs. Ao fim de três minutos tinha lágrimas nos olhos e só pararam porque estava demasiado cansado para chorar. Cada vez tenho menos dúvidas: sou europeu, mediterrânico e português. Só ainda não defini definitivamente a ordem.
- Dia de trabalho num Saxdor 320. Dois fora-de-borda de trezentos e cinquenta cavalos cada um. Não consegui usufruir plenamente, os clientes queriam ir devagar. À vinda, porque à ida ainda levei aquilo aos trinta nós. Pareceia que estava parado. Porto Adriana - Cala Llamp - Porto Adriano: cento e poucos litros de gasolina. (Ou seja: só cento e tal litros de gasolina, sem ironia.) Isto dito, prefiro de longe um Fjord ou um Frauscher
- Noite quase toda sem dormir. Foi um horror, mas tebe uma consequência positiva: era preciso repor o relógio para as horas normais.
Verdade seja dita: não posso queixar-me. Faço o que quero e os meus livros têm casa. Podia ser pior.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.