3.9.25

Diário de Bordos - Oeiras, Portugal, 03-09-2025

O S. tem um nome bonito. Traduzido mais ou menos étimo-à letra dá Santo Sol. Ou Santa Sol, se respeitarmos o género. O Google discorda. Diz que a origem é outra. pode ser, mas eu prefiro a minha interpretação e não vou deixar a beleza - a minha beleza, entenda-se - estragar-se por causa de um étimo.

Seja qual for o significado do nome, merece-o. É um santo sol, um santo barco, um barco com nome de Deus - deuses. para ser correcto: Sparkman e Stephen, Swan... Todos juntos. As velas estão gastas, o casco sujo e com um sopro estamos a oitos nós.

Os problemas até aqui foram a) termos esse sopro e b) na boa direcção. Foram poucos, o que explica que tenha levado duas semanas e meia, quase três, para vir de Andratx a Oeiras. Sábado começo a última perna e se tudo correr bem domingo estará entregue e eu no comboio para Cascais. Não consigo parar de me imaginar em casa dos meus livros.

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O Verão está quase a ir-se e começo a preparar o Inverno. Se tiver muita sorte fico em Portugal e se em vez de sorte tiver muito azar também. Prefiro a sorte. 

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Estou em Oeiras, uma marina de que sempre gostei bastante e sinto-me tão em casa como me senti em Motril, Santa Pola ou La Linea. «De Passagem» é mais do que um título. O próximo também. Vai chamar-se «Não Sei». Pergunto-me quando chegará a vez de dar a um livro desta série o título que deviam ter todos: Don Vivo. Não sei.

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