E depois finalmente Palma abre-se e abre-me os braços e abraça-me e recebe-me. A M. não me cobra nada pelo quarto: "É só uma noite", o T. do Gustar faz-me mini-doses de cada uma das maravilhas que quero - salada de polvo, espetada de carne, tábua de queijos - tudo em porções de não deitar nada fora, tudo excelente, estupendo. Daqui segue-se um visita ao Cláudio e uma pergunta: se eu vivesse aqui, isto seria assim?
Não creio.
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Seria, claro. Sempre foi.
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No Claudio escolho uma "baunilha bourbon de Madagáscar". Já não preciso de lhe explicar que quero uma dose pequena - "metade de meia dose, Claudio", disse-lhe durante anos - mas ainda tenho de me bater para pagar. Pelo menos já chegámos a um acordo no preço: dois euros. Claudio aceita contrariado, eu pago aliviado. Se ele não me deixasse pagar, como durante muito tempo não deixou, teria de deixar de lá ir. Assim continuo a provar gelados ímpares, passem-me o lugar-comum. Ímpares é notoriamente insuficiente, mas que se lixe.
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Tenho de fazer horas para a chegada dos tripulantes, que ainda não sei aonde vão dormir. Venho ao Otaku beber um sake e pensar. Toda a gente sabe que um bom sake limpa os ínvios caminhos das sinapses.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.