dois.
O primeiro, um Vintage da Ferreira, de 1997. Um falso alarme. Como é que se diz "falso alarme" em linguagem vínica? O nariz é rico, o ataque não é ataque, é uma explosão - and then they're gone. Desvaneceu-se. Nada.
O segundo, um LBV (1997) de uma casa que não conhecia: Sao Pedro das Águias. Não filtrado, apesar de nada haver no rótulo que o indique. Esplêndido: nariz rico também, um ataque e um final de boca equilibrados, um gosto que nos enche de vontade de ir ao Douro ver de onde vem.
Há tanta relação entre o preço de um vinho e o prazer que ele nos proporciona como o que há entre a beleza de uma mulher e o dito prazer. Pouca, ou efémera. Porque as fontes do prazer não se vêem - adivinham-se, por vezes e quando muito. Tal como no vinho, num livro, num filme, numa paisagem (ou num boletim meteorológico, mas isso é outra história).
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.