Não mencionemos o jantar. Foi a pior tortilha que jamais fiz. Nem com água devia ter sido acompanhada. Nem pelo inominável vinho de ontem.
Falemos, antes sim, do vinho de hoje: Conde de Vimioso, 2001. Comprado na Enomania (uma loja na Rua das Janelas Verdes, à esquerda quando se desce) a conselho do jovem, prestável e - diriam algumas - bonito funcionário. O vinho não é só bom. Como descrever um vinho que
a) tem uma cor e uma espuma bonitas;
b) tem um nariz rico, um ataque sentido, marcado, de homem;
c) é redondo, encorpado, equlibrado, equilibrado, equilibrado;
d) tem um final de boca que não é final - é uma eternidade, parece um turista tonto em Londres, parece um olhar ou dois de que ainda hoje me lembro, tantos anos passados;
e) custa 6 euros -seis- (na Enomania)?
Pode começar por dizer-se que é um desperdício com uma m... duma tortilha, o que é verdade; e que é abençoado o dia em que se o bebe; e que é daqueles vinhos que não precisa sequer de acompanhar seja o que fôr: quatro amigos podem pedi-lo num bar, numa discoteca, num café, na praia, num barco à vela, e bebê-lo, porque ele se basta a si próprio, se acompanha a si próprio.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.