Quem navega sabe que, numa travessia, a uma distânca mais curta não corresponde necessariamente menos tempo: menos distância pode significar ventos ou correntes contra (andam muitas vezes juntos); ou latitudes demasiado altas, com os correspondentes maus tempos (ir de Lisboa a New Iork pela ortodromia, a rota mais curta, implica uma passagem perto da Groenlândia); ou mais singelamente, baixios, recifes, zonas perigosas. Por vezes, para uma navegação segura, é necessário percorrer uma distância maior do que a aquela que, directamente, nos aparece na carta.
Já o inverso não é verdade: aumentar o tempo de navegação não diminui necessariamente a distância. Quando muito, aumenta o prazer.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.