17.10.06

Anti-depressivos

Há tempos, uma senhora de quem, às vezes, gosto muito do blog, intitulou especialmente uma série de posts que, suspeito, ela própria classificara de menos relevantes (para não dizer totalmente irrelevantes). O título genérico da série, era, se bem me lembro, "Meio Comprimido para Dormir".

Aos meus, semelhantes no género mas ainda mais irrelevantes, voire mesmo chatos, vou chamar "anti-depressivos", porque hoje, antes de escrever este post, tomei uma série deles:

- sair do escritório mais cedo;
- comer torresmos do 1/2-Maricas, uma mercearia perto de si, minha senhora;
- beber uma torrente, um riacho, uma ribeira, de Piña Coladas;
- ouvir um disco de Miles Davis no seu auge - ele só teve um (auge)...;
- ouvir um disco de um grupo obscuro chamado Spiritualized, muito bom;
- escrever uma dedicatória num livro oferecido a um amigo;
- escrever um post chamado "Anti-depressivos" (aqui já entramos numa de metacomunicação, fundamentalmente incompatível com o espírio dos posts).

A feitura de uma Piña Colada tem muito, mas muito, que se lhe diga: é preciso reunir um rum apropriado, um bom sumo de ananás, e leite de coco acima do correcto. A melhor Piña Colada que já bebi foi em Porto Rico, na casa que se orgulha de ter inventado a Piña Colada. Mas a melhor história de Piña Colada que tenho não é essa, que nem sequer é história, não passa de um episódio.

Uma vez (durante três anos, quand même), trabalhei num bar chamado Le Marchand de Sable, em Genebra. Um dia preparei um litro de Piña Colada (a base, só a base), para vender aos clientes. Mas, como era sexta-feira, a patroa - uma jovem e bonita mulher - veio ao café, e eu resolvi dar-lhe a provar a minha bebida.

"Luis", foi a sua reacção, "isto é bom demais para os clientes. Vamos bebê-la nós".








Eu não sou o do chapéu, com as máquinas fotográficas ao peito, fier touriste.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.