9.10.06

Não sei

Tenho que reconhecer que não sei como contar o dia de hoje. Seria fácil, repara: o Irish Coffee medíocre, o bar cheio de pessoas gordas e feias, a música - excelente - a pouca vontade que tenho de ir a Águeda e a Londres amanhã, o almoço, tão bom. Mas se quisesse fazer uma descrição digamos factual, da noite, e do dia, a verdade é que tu não farias parte dela. Não estás cá.

Mas fazes, apesar de não estares cá. Tu és o centro e a periferia dos meus dias, das minhas noites, das minhas ruas e da minha solidão. Tu és a minha vida, a minha deambulação, as minhas tripas, a minha pele. Tu és tu, e és uma grande parte de mim.

E assim fico sem saber como descrever este vazio.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.