"A Casa de Papel", de Carlos Maria Dominguez, é uma pequena pérola, daquelas que se lêem de um trago. Fala, em tom falsamente policial, dos livros e do amor por eles, com o amor, o outro, em watermark muito discreta. Menos discreto é o retrato dos meios universitários, deliciosa mistura de ironia fina e (pouco) sarcasmo.
Aconselho a leitura em espanhol: a tradução portuguesa tem alguns daqueles erros irritantes que, não sendo suficientes para estragar o prazer do texto, são chatos e desagradáveis. Na sua maioria, formulações em português de particularismos espanhóis. Porque é que não encontro esse tipo de erros nas traduções francesas e inglesas?
Eu tenho uma teoria, mas agora não me lembro dela. Leiam o livro, é um prazer e é esse que conta.
E aqui deixo um público "obrigado" à Caroline, da Livraria Galileu, que me aconselhou o livro - mais um seixo na enorme pirâmide da minha gratidão, pela quantidade de livros que me aconselhou, pela simpatia, por ter conseguido manter aquela que continua a ser a minha livraria favorita, uma verdadeira livraria e não, como dizia Pedro Támen hoje na rádio, "um supermercado de livros".
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.