Hoje o dia está lindo, e fui passear: St. Germain, os Cais do Sena, a Place de la Concorde (que nome tão antinómico, em França) e finalmente o Museu do Jeu de Paume, ver uma exposição do Friedlander.
Há poucos fotógrafos que me toquem tanto, e simultaneamente tenham fotografias que me interessem tão pouco, como este. Gosto da ideia de que tudo não é visível à primeira, de que o tema da fotografia está escondido, que há mais na fotografia do que os olhos vêem à primeira. Gosto dos nus, porque a vizinha do lado sempre teve uma carga erótica maior do que a Cláudia Schiffer (esta é uma regra com muitas excepções); gosto do humor, e das fotografias que, em duas dimensões e a preto e branco, tão bem transmitem a polifonia, a policromia, o caos da vida quotidiana. E gosto, finalmente, dos retratos, um pouco pela mesma razão que gosto dos nus: as pessoas estão ali, quase que as podemos tocar.
Não gosto das fotografias cujo tema é a composição gráfica – mas são, felizmente, uma minoria.
Paris está muito bonita, hoje, cheia de sol, e revigorante porque está frio.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.