Este site tem alguns dos melhores textos que me foi dado ler nos últimos vinte anos, e isto porque tenho a memória curta.
"Dona Ester, minha mãe, tentava remediar esse mundo onde a vagabundagem sentimental e os seus desastres causavam feridas inúteis e desprezíveis."
25.2.07
Inventário
Nunca sei como escrever sobre outros blogs sem parecer pedante, que não sou; mas este blog de música merece, apesar do nome um tanto ou quanto contraditório, ser visitado - sobretudo para quem, como eu, o "moderno" de música popular moderna pára no Frank Zappa, ou por aí (a citação que têm em epígrafe é dele).
Há o inevitável Zeca Afonso (do qual, ao contrário do que escrevi uma vez, gosto de uma música - chama-se "Menino d'Oiro" e é um belo fado de Coimbra, que se pode ouvir uma vez de três em três anos sem risco de fartar); mas as escolhas que conheço (Nina Simone, Charlie Parker e von Schlippenbach) permitem augurar que as outras também são boas.
E é, sobretudo, uma bela maneira de conhecer bandas e músicos que de outra forma não conheceria. Hoje, por exemplo, ouvi Emily Haines e Ed Harcourt - não compraria nenhum dos discos, mas gostei das duas músicas - e The Go!Team, que me pareceu francamente interessante.
E tem histórias bonitas, como esta.
PS - e cheguei lá através de um outro blog, chamado Vidro Duplo, que tem alguns bons posts sobre cinema (e música também, claro) e alguns bons posts, tout court.
Há o inevitável Zeca Afonso (do qual, ao contrário do que escrevi uma vez, gosto de uma música - chama-se "Menino d'Oiro" e é um belo fado de Coimbra, que se pode ouvir uma vez de três em três anos sem risco de fartar); mas as escolhas que conheço (Nina Simone, Charlie Parker e von Schlippenbach) permitem augurar que as outras também são boas.
E é, sobretudo, uma bela maneira de conhecer bandas e músicos que de outra forma não conheceria. Hoje, por exemplo, ouvi Emily Haines e Ed Harcourt - não compraria nenhum dos discos, mas gostei das duas músicas - e The Go!Team, que me pareceu francamente interessante.
E tem histórias bonitas, como esta.
PS - e cheguei lá através de um outro blog, chamado Vidro Duplo, que tem alguns bons posts sobre cinema (e música também, claro) e alguns bons posts, tout court.
Assimetrias (injustas)
É fácil falar da alegria sem se parecer tonto, mas é difícil fazê-lo da tristeza sem passar por piegas.
Actualização
Lista de compras:
Why is it that apologies for a militant Islam that stands for everything the liberal-Left is against come from a section of the Left?"
“It’s a sanitary corrective to a lot of woozy undirected sympathy swilling around" Martin Amis.
Why is it that apologies for a militant Islam that stands for everything the liberal-Left is against come from a section of the Left?"
“It’s a sanitary corrective to a lot of woozy undirected sympathy swilling around" Martin Amis.
22.2.07
19.2.07
18.2.07
Serviço Público - Discos
"You Stepped Out of a Cloud", OWL 0602498400050. Quase uma hora de felicidade, com Ran Blake ao piano e Jeanne Lee a cantar - por, é preciso sublinhar, onze euros e noventa cêntimos na discoteca Trem Azul, em Lisboa.
Jeanne Lee pertence àquela classe de músicos de quem todos os discos são o melhor disco, e este não foge à regra.
Jeanne Lee pertence àquela classe de músicos de quem todos os discos são o melhor disco, e este não foge à regra.
15.2.07
"Sindicatos dizem que País já tem flexibilidade laboral"
Por uma vez, os sindicatos têm razão: com a quantidade de pessoas que, graças à rigidez da legislação laboral, está a recibos verdes...
Fragmento
"Aos 50 anos ainda te posso tratar, caro T., por T. A verdade é que o tempo passou por nós como esses traços de luz na noite escura da fotografia: pinceladas ágeis, leves, curtas, quase alegres, quase.
..."
..."
De regresso
Após uma longa e penosa ausência, regressou à nossa companhia um dos seus elementos fundamentais: refiro-me, claro, ao Prétendu Gourmand Cosmopolite. Fez cá falta. Esperemos que as próximas ausências sejam muito curtas, quase imperceptíveis.
13.2.07
12.2.07
Referendos
Apesar de a participação no referendo ter sido inferior a 50%, penso que é um utensílio de governação que devia aplicar-se a muitos outros sectores - e que o patamar de 50% de eleitores para o tornar vinculativo ser revogado. Afinal, quem não vai votar é porque está disposto a aceitar a decisão que vier a ser tomada.
Veja-se este exemplo: Les Nyonnais ont refusé une hausse d'impôts. Não seria bom, se por exemplo a OTA, o TGV, fossem submetidos a uma decisão colectiva?
PS - Este é um outro aspecto do problema: "Mas a fraca participação deste referendo vem, sobretudo, tornar mais evidente o desfasamento entre "agenda" política e os problemas das pessoas. Esta realidade é preocupante e deve fazer-nos reflectir." Mas não é só a nós que ele deve fazer reflectir; é sobretudo aos políticos.
Veja-se este exemplo: Les Nyonnais ont refusé une hausse d'impôts. Não seria bom, se por exemplo a OTA, o TGV, fossem submetidos a uma decisão colectiva?
PS - Este é um outro aspecto do problema: "Mas a fraca participação deste referendo vem, sobretudo, tornar mais evidente o desfasamento entre "agenda" política e os problemas das pessoas. Esta realidade é preocupante e deve fazer-nos reflectir." Mas não é só a nós que ele deve fazer reflectir; é sobretudo aos políticos.
7.2.07
5.2.07
"A long, sometimes painful task..."
Uma solução para terminar com o declínio das baleias, no Onion, o segundo melhor jornal do mundo.
Burocracia
Uma das coisas que sempre me fascinou na burocracia portugesa foi o que fazem "eles"de tanto papel? Para onde é que vai tanta informação?
Nos tempos em que à chegada a um porto era necessário "dar entrada" da embarcação - e "dar entrada" consistia em preencher aquilo que eram basicamente os mesmos papéis na Alfândega, na Polícia Marítima e na Capitania (completos, com nomes, apelidos, nº dos BIs, nº dos motores, nº das velas, cor do casco, local de construção, de onde vem e para onde vai, etc. etc.) - e à largada ia-se aos mesmos sítios, frequentemente longe uns dos outros, "dar saída", eu telefonei para uma Capitana a saber se determinada embarcação já tinha chegado. A resposta veio, pronta: "Não". O barco tinha chegado meia dúzia de horas antes.
Hoje encontrei uma amiga que procura o nome do proprietário de uma ruína qualquer, porque a quer comprar e renovar. O objectivo tem, reconheça-se, mérito. Mas ela começou por ir à Conservatória do Registo Predial, onde descobriram que a casa pertencia a dois proprietários. Infelizmente não lhe pdiam dar os nomes sem a "qualquer coisa matriz", e disseram-lhe para ela ir à Câmara Municipal saber essa tal matriz; na Câmara Municipal (de Cascais, mas aposto que anedotas destas ocorrem em todo o lado), disseram-lhe que tinha de ir às Finanças. Encontrei-a a caminho das Finanças, e fui com ela para a ajudar, porque ela não é portuguesa. Aí disseram-lhe que para lhe dar a tal de "matriz" pprecisavam do nome do ou dos proprietários, e aconselharam-na a ir à Câmara Municipal ou à Conservatória do Registo Predial.
Quando se sabe a burocracia que comprar e registar uma casa envolve, a pergunta faz, parece-me, sentido: que raio de carga de água fazem eles de tanto papel?
Nos tempos em que à chegada a um porto era necessário "dar entrada" da embarcação - e "dar entrada" consistia em preencher aquilo que eram basicamente os mesmos papéis na Alfândega, na Polícia Marítima e na Capitania (completos, com nomes, apelidos, nº dos BIs, nº dos motores, nº das velas, cor do casco, local de construção, de onde vem e para onde vai, etc. etc.) - e à largada ia-se aos mesmos sítios, frequentemente longe uns dos outros, "dar saída", eu telefonei para uma Capitana a saber se determinada embarcação já tinha chegado. A resposta veio, pronta: "Não". O barco tinha chegado meia dúzia de horas antes.
Hoje encontrei uma amiga que procura o nome do proprietário de uma ruína qualquer, porque a quer comprar e renovar. O objectivo tem, reconheça-se, mérito. Mas ela começou por ir à Conservatória do Registo Predial, onde descobriram que a casa pertencia a dois proprietários. Infelizmente não lhe pdiam dar os nomes sem a "qualquer coisa matriz", e disseram-lhe para ela ir à Câmara Municipal saber essa tal matriz; na Câmara Municipal (de Cascais, mas aposto que anedotas destas ocorrem em todo o lado), disseram-lhe que tinha de ir às Finanças. Encontrei-a a caminho das Finanças, e fui com ela para a ajudar, porque ela não é portuguesa. Aí disseram-lhe que para lhe dar a tal de "matriz" pprecisavam do nome do ou dos proprietários, e aconselharam-na a ir à Câmara Municipal ou à Conservatória do Registo Predial.
Quando se sabe a burocracia que comprar e registar uma casa envolve, a pergunta faz, parece-me, sentido: que raio de carga de água fazem eles de tanto papel?
4.2.07
3.2.07
Populações revoltadas
..diz o título do Correio da Manhã no Google News. Não, não é por causa dos estádios de futebol - é devido à falta de dinheiro para a saúde.
Obrigado
Graças ao Ardeu a Padaria, descobri um blog de cozinha indiana que acrescentei à lista dos links. Aqui fica o meu obrigado, e um público reconhecimento de dívida: o Ardeu a Padaria é um dos blogs que consulto regularmente para a cozinha quotidiana, e de festa.
2.2.07
"What's Left?"
O Economist da semana passada tem uma crítica interessantíssima a um livro chamado "What's Left? How liberals lost their way" (de Nick Cohen).
Eu não sei se a resposta à questão levantada no livro (que de resto ainda não li) é o anti-americanismo, ou o anti-Bushismo. Penso que não.
Mas aconselho já a leitura do artigo, do blog do autor, e dos diferentes comentários linkados no blog.
Eu não sei se a resposta à questão levantada no livro (que de resto ainda não li) é o anti-americanismo, ou o anti-Bushismo. Penso que não.
Mas aconselho já a leitura do artigo, do blog do autor, e dos diferentes comentários linkados no blog.
1.2.07
"A vida"...
...dizes, "continua". Claro que continua; mas não é essa a questão. A verdade é que não continua da mesma forma - senão, bem pouco seríamos, não achas? Bem pouco seria o que vivemos, e menos ainda o que poderíamos ter vivido. A vida continua, e nós com ela. Mas não é a mesma vida, nem nós os mesmos.
Talvez a diferença seja pequena, não sei; é possível. Por mim, prefiro pensar que não, que a diferença é grande, avassaladora, e que as nossas vidas serão, doravante, muito diferentes do que foram até hoje, e do que teriam sido, se a "vida não tivesse continuado", se tivéssemos dobrado juntos aquela esquina.
Mas a vida continuou, e seguimos em frente, cada um de nós.
Talvez a diferença seja pequena, não sei; é possível. Por mim, prefiro pensar que não, que a diferença é grande, avassaladora, e que as nossas vidas serão, doravante, muito diferentes do que foram até hoje, e do que teriam sido, se a "vida não tivesse continuado", se tivéssemos dobrado juntos aquela esquina.
Mas a vida continuou, e seguimos em frente, cada um de nós.
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