Trabalhei muito tempo num café em Genève chamado "Le Marchand de Sable", que era um café ligeiramente peculiar. Como, a certa altura, começámos a ter problemas com a polícia por causa da droga, proibimos os clientes de enrolar - e consumir, claro - charros no interior (mesmo que não inalassem). A ordem foi relativamente bem aceite, excepto por um senhor, africano negro, que um dia admoestei um bocadinho mais vigorosamente do que o habitual - afinal, era a terceira ou quarta vez que o fazia.
- Racista! - respondeu-me. Isto aborreceu-me, porque eu não tinha feito referência nenhuma à sua pele.
- Estás enganado, meu caro. Só seria racista se não soubesse que os pretos também podem ser estúpidos. Mas, como sabes, vivi muitos anos em África, e sei perfeitamente que há tantos pretos mentecaptos como brancos. Agora, se fazes favor, sais e não voltas a pôr cá os pés.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.