24.4.07

Os vacaclastas e os ícones sagrados

Se Pedro Arroja tivesse escrito este post sobre os chineses, os latino-americanos ou os africanos - povos em quem aceitamos perfeitamente a componente identitária da cultura - alguém teria levantado um sobrolho que fosse (excepto, eventualmente, em assentimento)?

Apesar de o achar um dos melhores e mais estimulantes bloggers nacionais, não estava, de vez em quando, de acordo com o que Pedro Arroja escrevia nos Blasfémias; acho o post em questão particular, e excepcionalmente, confrangedor - como acharia se se referisse a outros povos; mas continuo a não perceber porque é que ser anti-semita é um crime de lesa-majestade, muito mais grave do que qualquer outro crime - e estou tanto mais à vontade para o dizer quanto sou profunda, visceral, definitivamente, pró-semita.

O anti-semitismo é uma ideia como outra qualquer, e como tal pode e deve (por quem isso interessar. A mim, é um tema que interessa pouco) ser discutida. Entre o anti-semitismo de Pedro Arroja e o holocausto há a mesma distância que entre o socialismo de Mário Soares e o Gulag.

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