Fiquei meia dúzia de anos sem a ver; mas a verdade é que nunca me saiu da mente - nem, pior ainda, do corpo. Tive, claro, outros casos depois dela, mas na realidade nunca a esqueci completamente.
Um dia telefonei-lhe, pretextando uma futilidade qualquer. Fomos jantar a um restaurante em Alfama; falámos de tudo, menos de nós, da nossa história. Ela tinha ficado com vista para o rio. Depois do jantar fui levá-la a casa. Parei o carro no meio da rua e desci, para lhe abrir a porta. Demos um beijo. "Boa noite", disse-lhe. "Eu também", respondeu.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.