9.9.07

"País de merdosos"

Recentemente, o Dr. José Miguel Júdice disse que Portugal era um “país de merdosos”. Caiu-lhe, devidamente, o Carmo e a Trindade em cima: Portugal é não só um país de merdosos mas também – e este faz parte daquele - de não-ditos.

Pessoalmente, acho que o Dr. Júdice está podre de razão. O problema é que eu próprio, por vezes, me sinto um merdoso também; e como penso que não o sou, fico incomodado.

Sendo-o ou não, a verdade é que ultimamente este comportamento tem-me andado a provocar comichões, dúvidas e – sobretudo – uma forte vontade de explodir, e deixar de ser, ou de me comportar como um merdoso.

Claro, dir-me-ão, que não fazer nada e "deixar correr o marfim" é uma simples questão de bom senso; eu penso que não. Penso que é uma atitude cobardola e merdosa. E que demonstra até que ponto o Dr. Júdice tem razão: em Portugal, ser merdoso e cobardola é ter bom senso.

Mas o homem não foi feito para a derrota. Um homem pode ser destruído, mas não derrotado”, dizia Hemingway. Não consigo deixar de pensar que só depois de me reconciliar com a minha consciência voltarei a ser homem.

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