30.10.08

Choque de civilizações

"Miguel Sousa Tavares pertence à associação cívica que está contra o projecto, o que fez com que fosse insultado à entrada pelos estivadores." (Via Corta Fitas)

Estivadores? Quem não os conhecer que os compre. Qualquer pessoa que se faça insultar por estivadores merece, a priori e, em 99,9999999% dos casos a posteriori a nossa simpatia e o nosso respeito: tem, de certeza, razão.

Quando os contentores apareceram, um "grupo" de estivadores era constituído por 12 pessoas. Como para o tráfego contentorizado 3 estivadores chegam (por grupo), eles jogavam aos dados para ver quem ia para casa (isto é, nove pessoas) - recebendo, claro, salário e horas extraordinárias e tudo que os que tinham perdido ao jogo e tinham que trabalhar recebiam (verdade seja dita que muitos deles tinham um segundo emprego - ou, melhor ainda, integravam vários "grupos"). Não sei como é que isto evoluiu - mas sei que durou anos. Os estivadores, é verdade, são uma máfia em qualqer parte do mundo. Em Portugal têm a vantagem acrescida de ter uma lei do trabalho que impede um mínimo de justiça.

2 comentários:

  1. Luís, a minha experiência profissional, pouca, pouquíssima e actual, mas que existe, deu-me uma outra perspectiva deles.
    A maior parte são uma quantidade de músculos misturada com um cérebro de criança.
    E apesar de receberem bem para a média, são tratados pelas empresas que os contratam como animais de carga.

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  2. Fugidia, se calhar contactámos os estivadores em contextos profissionais diferentes, daí a diferença, não? :-)

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.