A coisa vai, inevitavelmente, para a frente. O negócio era grande demais para dar aos lisboetas a possibilidade de se manifestarem sobre ele. Já agora, seria pelo menos interessante saber o que é que o nosso "edil alfacinha" pensa disto: "Liscont e APL assinam contrato para alargar concessão".
"Uma vez mais se confirma a ambição e determinação do edil alfacinha querer melhorar a cidade."
Lisboa prepara-se para dar o controle da zona Ribeirinha de Alcântara a uma empresa privada. Não tenho nada contra as empresas privadas nem contra a privatização dessa área, mas acho que as pessoas que decidiram o negócio não foram eleitas e não têm mandato para tomar decisões desse gabarito sem as submeter ao escrutínio público.
PS - A ler, absolutamente: "O GOVERNO E JORGE COELHO"
"Uma vez mais se confirma a ambição e determinação do edil alfacinha querer melhorar a cidade."
Lisboa prepara-se para dar o controle da zona Ribeirinha de Alcântara a uma empresa privada. Não tenho nada contra as empresas privadas nem contra a privatização dessa área, mas acho que as pessoas que decidiram o negócio não foram eleitas e não têm mandato para tomar decisões desse gabarito sem as submeter ao escrutínio público.
PS - A ler, absolutamente: "O GOVERNO E JORGE COELHO"
É indecente, Luís. Já ouvi imensas vozes a protestar, mas não ouvi nenhuma voz a concordar e menos ainda a explicar as vantagens do projecto. E, no entanto, continua tudo em marcha como se nada fosse. Haverá forma – para além das frustrantes e, neste caso, inconsequentes urnas – de reagir contra a «inevitabilidade» das coisas e a prepotência dos decisores? Não há um raio providencial que os neutralize?
ResponderEliminarNão luísa, não há. não há Otas todos os dias, infelizmente para nós - Lisboa, país.
ResponderEliminarÉ revoltante, sim. Continuamos a deixar que nos chamem estúpidos, todos os dias, com todas as letras. E damos-lhes razão: voltamos a votar neles, estupidamente, porque ainda por cima não temos alternativas... tudo isto é estúpido, em suma.
ResponderEliminarSe bem me lembro, Ana, Luísa, ficámos todos revoltados com a disciplina de voto, aquando do voto do casamento homossexual.
ResponderEliminarEssa disciplina de voto não está só na Assembleia da República: está também na cabeça das pessoas, dos políticos, de todos.
Leiam, por exemplo, os posts de Carlos Manuel Castro no Câmara de Comuns, para ver como funcionam as mentes partidárias: tudo o que o chefe diz está bem, tudo o que os outros dizem está mal.
Eu não sou capaz de perceber esse tipo de funcionamento, mas é assim que as coisas funcionam, no nosso país. Na Suiça haveria meia dúzia de comissões contra, meia dúzia a favor, far-se-iam dezenas de debates, e uma votação. Os deputados e políticos t~em a sua própria opinião - que manifestam frequentemente contra a do partido a que pertencem.
E o povo (o "Soberano", no vocabulário político Suíço) tem, pelo menos, o enorme privilégio que é ter o que escolheu, escolher o que tem.
Aqui não. É revoltante, nauseante, nauseabundo. Mas é assim. Aposto que o contracto será feito de tal forma que nenhum dos próximos Governos dos próximos 8 anos lhe poderá tocar - e depois será demasiado tarde, de qq forma.
A disciplina de voto é uma aberração, não consigo vê-la de outra maneira. É como se cada partido democrático tivesse dentro de si uma ditadura.
ResponderEliminarA disciplina partidária é uma aberração, Ana. Só não é uma ditadura porque é livremente consentida.
ResponderEliminarÉ justamente essa aceitação que a torna aida mais incompreensível para mim: como é que há pessoas que abdicam, voluntariamente, da sua liberdade de pensamento, da sua consciência? Em troco de quê o fazem? Será que nos países em que cada pessoa vota em função da sua consciência e daquilo que pensa se vive pior? Não o creio. Antes bem pelo contrário.
Já o disse por aí, algures: o que me revolta é saber que sou representada por gente que troca a consciência pela ambição. Apetece-me ir pedir-lhes satisfações com uma peixeirada em plena Assembleia... pelo menos dava-me algum gozo.
ResponderEliminar