«Uma parede de aço desceu sobre a cidade».
A opinião pública começa, finalmente, finalmente, a ser alertada para o inqualificável aburdo que é a ampliação do terminal de contentores de Alcântara.
Neste artigo, António Costa ("António Costa: novo nó de Alcântara é «positivo»") faz afirmações que não são verdade:
- Não se trata de duplicar mas de triplicar. Não é anódino.
- Não é um "rearranjo do terminal existente". Isto não é propriamente um "rearranjo": "A intervenção Portuária, por sua vez, consiste na ampliação, reorganização e reapetrechamento do terminal de contentores de Alcântara com vista a atingir uma capacidade de um milhão de TEUs (um TEU equivale a um contentor de 20 pés) por ano [actualmente tem 350,000].
A intervenção integra ainda o melhoramento das acessibilidades marítimas, a criação de uma zona de acostagem e operação de barcaças, a construção de uma ligação ferroviária desnivelada entre o terminal e a Linha de Cintura e um feixe de mercadorias (doca seca)
, rondando o investimento os 348,4 milhões de euros."A opinião pública começa, finalmente, finalmente, a ser alertada para o inqualificável aburdo que é a ampliação do terminal de contentores de Alcântara.
Neste artigo, António Costa ("António Costa: novo nó de Alcântara é «positivo»") faz afirmações que não são verdade:
- Não se trata de duplicar mas de triplicar. Não é anódino.
- Não é um "rearranjo do terminal existente". Isto não é propriamente um "rearranjo": "A intervenção Portuária, por sua vez, consiste na ampliação, reorganização e reapetrechamento do terminal de contentores de Alcântara com vista a atingir uma capacidade de um milhão de TEUs (um TEU equivale a um contentor de 20 pés) por ano [actualmente tem 350,000].
A intervenção integra ainda o melhoramento das acessibilidades marítimas, a criação de uma zona de acostagem e operação de barcaças, a construção de uma ligação ferroviária desnivelada entre o terminal e a Linha de Cintura e um feixe de mercadorias (doca seca)
E não fala de outras: alguém nos diz o que vai acontecer às embarcações de recreio que estão amarradas na Doca do Espanhol (ou de Alcântara, para os leigos)?
(Via Duro das Lamentações).
Meu Caro Luís,
ResponderEliminartambém eu temo muito por esta visão... encaixotada da Cidade.
Abraço
Luís, vejo que se fala aí numa zona de acostagem e operação de barcaças. E ontem, no jornal das nove, alguém que saiu em defesa deste plano governamental dizia que os contentores não iam atravessar a cidade, mas ser transportados, precisamente em barcaças, para um ponto de acesso às auto-estradas, presumo que Tejo acima. Mas se é por barcaças, e barcaças por barcaças, cada vez percebo menos por que razão não se coloca o terminal na outra banda do rio.
ResponderEliminarClaro, Luísa, em toda a razão.
ResponderEliminarO pior é que o movimento das barcaças (e os dos navios do SSS - Short Sea Shipping, que a APL também nunca menciona por causa do argumento "a maioria do tráfico destina-se à margem norte") terá que ser feito na Doca do Espanhol.
Ou seja: vamos transformar uma área que tem magníficas qualidades (uma das quais, e não a menor, é que são investimentos feitos por privados) para determinadas ocupações (lazer, recreio, cruzeiros) - num medíocre, caro, inestético e insuficiente terminal de contentores (não garanto a 100%, mas se bem me lembro as previsões da APL apontam para uma saturação do novo terminal dentro de 15 ou 20 anos).
Na realidade, o muro de contentores é muito mais do que um muro.