19.10.08

Serviço público - livros de cozinha

O meu livro de receitas favorito chama-se "La Cuisine d'Amour" e foi escrito por uma senhora chamada Odile Godard, que se não me engano é, também, psicóloga ou coisa no género.

Cozinhar é um acto de amor, claro, a analogia é fácil: alimentar alguém, dar-lhe prazer, dar vida, etc. Mas vai muito mais longe do que isso: procurar uma receita ou improvisar? Será que vai gostar disto, assim, ou é melhor assar mais um bocadinho? Não tenho ---; será que se substituir por -.- vai piorar muito? Olha, tenho isto à mão; vou pôr um bocadinho, não vai fazer mal, de certeza.

E as horas, as horas que se passam à procura de no mínimo duas dezenas de receitas para coisas que sabemos fazer de cor, de olhos fechados, a dormir - não vou ao ponto de dizer que é o melhor da cozinha, mas não anda lá muito longe (a antecipação, a imaginação, a percepção dos milhares de possibilidades...)

- Credo, querida, podes largar a porcaria do livro e vir para aqui?
- Onde é que estás?
- Na cama.
- Tu és maluco? Temos 6 pessoas para jantar daqui a duas horas.
- Ora, dedicas 75% disso à cozinha e 25% ao resto...

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.