1.11.08

Kruger Park

3 comentários:

  1. Luís, não sei se viu um fotografia que por aí corre de um orangotango de Bornéo à pesca com uma lança. É extraordinária a sensação que se tem de «déjà vu». Será o arranque de um novo ciclo de formação de seres inteligentes? Se assim for, o mundo já não oferece condições para uma lenta evolução «habilis», «erectus», «sapiens». Terá de ser o desenvolvimento da inteligência nos próprios animais.
    P.S.: O que significa que a violência sobre os animais assume os contornos horríveis de violência sobre seres já não irracionais, mas pré-racionais, no limiar da nossa inteligência. Seres que poderão um dia dominar o mundo… e vingar-se. ;-D

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  2. Luísa,
    veja o post que acabei de colocar sobre o "multiculturalismo"...

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  3. Luísa,

    a) A evolução funciona numa espécie de pára - arranca - pára - arranca e isto aplica-se, suponho, a todas as espécies. Cada um desses ciclos, se quiser chamar-lhes assim, é demasiado lento para ser mensurável pelo nosso relógio.

    b) Os orangotangos não teriam mais razão de se vingar do que os humanos que foram vítimas das piores atrocidades;

    c) Não sei muito sobre as sociedades de orangotangos; mas as de babuínos, de que mostro algumas ternas fotografias de uma mãe com uma cria recém-nascida, são de uma violência entre eles - e para com as outras espécies - aterrorizadora.

    Tenho horror à violência sobre seja quem fôr - pessoas, animais, objectos. Mas não me sinto muito atraído pela antropomorfização.

    E sim, vi a fotografia. Fiquei bastante impressionado - mas li suficiente etologia
    para saber que são comportamentos que já foram observados há bastante tempo; enfim, não sei que lhe diga. Não quero de modo nenhum passar a ideia que defendo a violência sobre os animais, longe disso. Mas acho que há uma linha, e essa linha não está a ser franqueada.

    Já para aqueles selvagens, acho que sim, devia ser transposta, já.

    Tive esta discussão (a do multiculturalismo, desculpe saltar de alhos para bugalhos) inúmeras vezes, em África. E não consigo habituar-me, nada a fazer. O relativismo é a mais insustentável de todas as posições filosóficas, parece-me.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.