Porque quero que a palavra "ausência" saia de uma vez por todas do meu vocabulário; porque as memórias devem ser feitas de futuros e não de passados; porque a beleza que regressa é a mais bela; porque as portas devem ficar bem fechadas, ou completamente abertas - mas não entreabertas como uma flor envergonhada; porque te quero querer, porque te quero, porque creio; porque corrigir um erro é mais importante do que não cometer um; porque não me sais da pele; porque as mãos ainda te procuram, todos os dias - também não me sais das mãos; porque uma asneira sem sentido é pior do que uma com; porque há um primeiro passo a dar, outra vez, e agora é a tua vez. Porque quero fotografar, amar, ver e tocar cada milímetro de ti como se fosse a primeira vez, ou a última; porque aquilo que foi não é aquilo que será, é muito menos; porque sonhar o amanhã é melhor do que recordar o ontem. Porque, enfim, quero chorar e rir e amar e sentir e viver. Contigo.
Olá Luis. Ando por aqui a perscrutar-lhe a intimidade pública, o que - ocorreu-me de repente - num sábado à noite revela que somos muitos os virados para dentro. Achei este post espantosamente vachement ouvert sur le monde na medida em que é supreendentemente vachement ouvert sur moi-même. Tal e qual. Donde se conclui que ninguém, nunca, inaugura formas de amar, de sofrer por amor, de querer, de desejar, de ansiar, de se arrepender.
ResponderEliminarSaudações!
Amamos há muito tempo, A. (Ana? Alexandra? Antonieta? Anabela?) Já tudo o que vivemos alguém viveu, ou disse. Gosto que tenha gostado deste texto: eu gostei de o escrever, se bem não tenha a certeza de gostar do que lhe está subjacente.
ResponderEliminarCompreendo: não é a melhor forma de amar. Haverá muito melhores.
ResponderEliminarAndrea é o meu nome. Por acaso logo depois de enviar o comentário de ontem pensei que deveria tê-lo assinado. Sabe, o anonimato no meu blog é puramente incidental e na prática é quase aparente, já que grande parte das (poucas) pessoas que por lá passam conhecem-me pessoalmente. Nesse sentido nunca senti que me escondia por detrás de uma inicial - pelo menos era assim até há pouco tempo, a coisa de repente deu um salto quantitativo. Talvez seja altura de acrescentar o meu nome ao meu perfil.
A. é a minha assinatura há muitos anos e entrei na blogosfera directamente com o Aponto, não sabia de todo o que aqui se passava. Por outro lado, eu tenho um nome que 99% por cento dos portugueses escrevem e pronunciam de forma errada - isto pode parecer um detalhe sem importância mas ao fim de uma vida inteira a corrigir ou não corrigir as pessoas (às vezes não sei o que é pior) várias vezes por dia em todos os dias da minha vida, descobri que era um alívio estar livre desse incómodo. Agora não sei porque é que estou com esta conversa confessional, é o tipo de coisa que elaboro apenas para mim.
Anyway...
Não me parece muito confessional, Andrea, se quer que lhe diga.
ResponderEliminarE que fosse...