22.3.09

Descobertas

Lisboa, esse interminável corpo sem fundo continua a descobrir-se aos poucos; e eu a mergulhar nele, ao mesmo ritmo lento dos amores que vêm de trás e são para durar.

Hoje descobri a Fábrica do Braço de Prata: livros, discos, música, pessoas simpáticas e Alexanders ao nível dos melhores a preços que nem os piores. Parece que aquilo abriu há dois anos: não penso que tenha perdido dois anos - mas não ando lá muito longe.

Isto depois de ter ido ouvir Rhys Chatham ao Museu do Chiado: um concerto, e uma descoberta, sublimes. Haveria talvez cem pessoas na sala, o que me pareceu pouco para alguém que vinha referenciado na Actual com aquele destaque. E apesar de a minha compleição física (interna - externamente não se vê) não ser a ideal para estar sentado no chão por longos períodos - isto é, mais do que 5 minutos - o tempo passou sem que tivesse dado por ele. Não deixa de ser supreendente, inesperada, a forma como o minimalismo funciona na música.

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