Luís, O Gonçalo Rocha é um grande amigo meu há vinte anos, por ele posso falar de cátedra, por ele ponho e poria sempre a mão no fogo. Dizer que é pessoa de uma integridade única seria apenas começar a falar dele. Confio que lhe seja feita justiça, mas um mal irreparável já está feito: o nome dele andar nos jornais. Com dois filhos adolescentes, e um mais pequeno. E ouvir isto nas notícias hoje, logo hoje, dia dos seus anos. O Gonçalo, a mulher e os filhos contam comigo para o que der e vier.
Not to mention a inconsciência da imprensa, que põe na mesma notícia coisas de que outrem é acusado e junta o nome dele, dando a ilusão de que foi ele o autor. Leviana e vergonhosa despreocupação com o rigor informativo!
Antes de mais nada: não ponho nem um minuto em causa a probidade do seu amigo (nem a de Horta e Costa, aliás).
De resto, na primeira versão do post que escrevi mencionava algures que devia ser dada aos gestores de empresas públicas sobre as quais recaem dúvidas como as que há sobre os CTT de se defender em tribunal.
Isto dito: há na sociedade portuguesa em geral, e nas empresas públicas em particular, um sentimento de impunidade que deve começar a ser combatido. Mais: eu acredito que muitos dos erros feitos na gestão da coisa pública não o sejam com intenção dolosa.
Mas não há mal nenhum em fazer ver aos gestores públicos (tal como ao resto da sociedade, aliás) que este clima de impunidade tem um fim.
Dou-lhe um exemplo: a maioria das coisas que Chirac fez enquanto foi presidente da Câmara de Paris foram feitas porque eram normais, na altura. Não deixam, por isso, de ser erradas - e Chirac deve defender-se em Tribunal daquilo que fez.
Quanto à associação dos nomes: o que a notícia diz é que o seu amigo também é arguido; não associa o nome a "actos que outrém praticou". (Espero, sinceramente, que seja ilibado e que a verdade venha ao de cima: acredito em cada letra do que me diz).
Luís,
ResponderEliminarO Gonçalo Rocha é um grande amigo meu há vinte anos, por ele posso falar de cátedra, por ele ponho e poria sempre a mão no fogo. Dizer que é pessoa de uma integridade única seria apenas começar a falar dele. Confio que lhe seja feita justiça, mas um mal irreparável já está feito: o nome dele andar nos jornais. Com dois filhos adolescentes, e um mais pequeno.
E ouvir isto nas notícias hoje, logo hoje, dia dos seus anos.
O Gonçalo, a mulher e os filhos contam comigo para o que der e vier.
Not to mention a inconsciência da imprensa, que põe na mesma notícia coisas de que outrem é acusado e junta o nome dele, dando a ilusão de que foi ele o autor. Leviana e vergonhosa despreocupação com o rigor informativo!
Teresa,
ResponderEliminarAntes de mais nada: não ponho nem um minuto em causa a probidade do seu amigo (nem a de Horta e Costa, aliás).
De resto, na primeira versão do post que escrevi mencionava algures que devia ser dada aos gestores de empresas públicas sobre as quais recaem dúvidas como as que há sobre os CTT de se defender em tribunal.
Isto dito: há na sociedade portuguesa em geral, e nas empresas públicas em particular, um sentimento de impunidade que deve começar a ser combatido. Mais: eu acredito que muitos dos erros feitos na gestão da coisa pública não o sejam com intenção dolosa.
Mas não há mal nenhum em fazer ver aos gestores públicos (tal como ao resto da sociedade, aliás) que este clima de impunidade tem um fim.
Dou-lhe um exemplo: a maioria das coisas que Chirac fez enquanto foi presidente da Câmara de Paris foram feitas porque eram normais, na altura. Não deixam, por isso, de ser erradas - e Chirac deve defender-se em Tribunal daquilo que fez.
Quanto à associação dos nomes: o que a notícia diz é que o seu amigo também é arguido; não associa o nome a "actos que outrém praticou". (Espero, sinceramente, que seja ilibado e que a verdade venha ao de cima: acredito em cada letra do que me diz).