10.2.10

Retratos da vida quotidiana

O homem (e mestiço escuro. Não sei se nestas circunstâncias acumula) está sujo, com uma roupa imunda e cheia de buracos. Tem um aspecto patibular, fechado, escondido atrás de uma barba maltratada, olhos semi-cerrados e já de si pequenos. Mas abre a porta à tia de Cascais (deve ser sobrinha: as tias não andam de comboio). A qual não lhe agradece o cavalheiresco gesto - não olha para ele, sequer; não o vê. Como se ele fosse transparente.

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