13.11.10

Taxonomias

A arte do Ti'punch: é tão difícil fazer um bom como fazer um bom Dry Martini. São bebidas micrométricas (um cocktail "normal" não passa de milimétrico).

Adenda: quem me conhece sabe que sou uma pessoa fácil, de bom feitio, nada assertivo, como agora se diz; e tolerante, paciente (enfim paro aqui porque também sou modesto - mas sou tolerante, isso sou: por exemplo, acredito que «há duas maneiras de fazer cada coisa: a minha e a errada».) Tudo isto para dizer uma coisa que é uma excepção a estas regras todas: um Ti'punch não leva gelo.

Ponto final parágrafo.

3 comentários:

  1. Concordo consigo, para estragar um Dry Martini basta seguir a fórmula original. Depois de aturado estudo e, seguindo o conselho de um amigo avisado, disfrutei finalmente da magia desta bebida. Para além do Gin estupidamente gelado, do limão acabado de colher, o Vermute extra seco não é misturado, apenas lava a taça de cocktail, retirando-se o excesso, fazendo assim toda a diferença. Realmente não deve haver bebida mais micrométrica.

    ResponderEliminar
  2. "Vermute" sim, mas Noilly Pratt. Qualquer outro é uma aproximação... Infelizmente, por uma razão que desconheço, está cada vez mais difícil encontrá-lo em Portugal.

    Conhece a receita do Buñuel? Colocar uma garrafa de Noilly Pratt entre o copo onde vai ser servido o dry Martini e a luz, de tal maneira que um, e só um raio de sol atravesse a garrafa e incida no copo, por breves segundos. "É essa a quantidade correcta de Noilly Pratt num Dry Martini"...

    ResponderEliminar
  3. Não conhecia, está muito boa. Conhecia uma outra, em que dizem bastar passar a garrafa desarrolhada por cima da taça.
    Continuação de boas viagens e bons ventos.

    ResponderEliminar

Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.