Não sei se já alguma vez olharam bem para uma marina à noite. De preferência uma noite sem vento, e sem lua. A maioria dos cascos das embarcações é branca, e reflecte-se perfeitamente na água. Os mastros e os brandais, também eles brancos, formam uma massa que à primeira vista parece caótica mas na qual, muito rapidamente, conseguimos pôr ordem, distâncias e dimensões.
A água está imóvel, os cascos e os mastros também; a noite é escura e silenciosa. A imagem de uma catedral surge, inevitável como todas as catedrais. E de repente apercebemo-nos de que aqueles barcos estão ali de joelhos, a rezar para que alguém os deixe sair para o mar.
"Il n'y a jamais assez de mer pour les visages aigus des bateaux", como escreveu Le Clézio.
A água está imóvel, os cascos e os mastros também; a noite é escura e silenciosa. A imagem de uma catedral surge, inevitável como todas as catedrais. E de repente apercebemo-nos de que aqueles barcos estão ali de joelhos, a rezar para que alguém os deixe sair para o mar.
"Il n'y a jamais assez de mer pour les visages aigus des bateaux", como escreveu Le Clézio.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.