8.3.11

Mulher

E agora, mulher, vais continuar a passear esse teu corpo tão bonito, esses teus olhos tão azuis pelo pátio da prisão e dizer-nos "não olhem para mim, não me desejem, eu sou transparente, eu não me amo, como poderiam vocês amar-me, eu não me desejo, como poderiam vocês?", como se nós fôssemos blocos de gelo cuja única função seria derretermo-nos à tua passagem, e acreditar em ti?

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.