1.6.11

Jantar a quatro mãos, quase redundante, ao som de Fleet Foxes e The Smiths

Infelizmente faltam-me as duas mãos que confeccionaram o risotto de vinho tinto; a respectiva receita fica para mais depois. Por agora vai a das costeletas de porco em vinho tinto (parece redundante, mas garanto-vos que não é. O conjunto resultou óptimo).

Costeletas de porco em vinho tinto com risotto de vinho tinto

a) Costeletas
Fritam-se as costeletas num pouco de azeite e reservam-se. Nesse azeite frita-se uma grande quantidade de salsa e alho picados e bem misturados. Quando fritos junta-se o vinho tinto, deixa-se ferver um bocadinho e acaba de se cozer as costeletas.

b) Risotto de vinho tinto

Aqui vai a receita, tal como recebida das mãos:

Quando comprar as costeletas compre um osso das mesmas com um bocado de carne. Leve ao lume com bastante água, temperada de sal, de onde sairá um caldo.

Agora a parte boa: um tacho regado de azeite aquece. Uma cebola média e três grandes dentes de alho picados mergulham no azeite. Translúcidos? Uma chávena de risotto para dentro do tacho (carnaroli é o ideal, mas basta ir o arroz, deixe a chávena vazia na bancada). Frita-se durante um ou dois minutos. Transtranslúcidos? A mesma chávena de vinho tinto no tacho (quanto melhor, melhor). Ferve. Cheira bem. Lume sempre brando. (Marlon sempre lume.) Acrescente duas conchas de caldo. Vá mexendo. Quando for cada vez mais o arroz e cada vez menos o caldo, acrescente mais caldo, sempre a duas conchas, que tudo o que é bom faz-se pelo menos a dois. Repita até o arroz estar cozido. Eu repetiria cinco vezes, mas a cozedura e a aldentada não são, como algumas belezas, assuntos consensuais. Prove. Corrija de sal. Sirva com uma pitada de salsa picada em cima para não se embebedar da cor. Coma. Diga que está bom. Minta, se for preciso. Alimente-se — é diferente de comer.

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.