13.12.11

Diário de bordos - 121211

São nove da noite. O Whisper Cove está a fechar, ao som de um pianista que não consigo identificar, mas suponho seja Brad Mehldau [não é. É uma antologia], dos múltiplos guinchos de toda a espécie de insectos, rãs, etc. e de algumas gotas de chuva que se atrasaram.

É pouco provável que consiga sair amanhã, mas não mudo o ETD; continua para amanhã ao fim da tarde.

A felicidade está ao virar da esquina. Basta encontrar a esquina certa. Um dinghy a toda a velocidade nas águas prateadas (é noite de lua cheia) e lisas de uma baía no sul de Grenada; um bar que fecha ao som de uma antologia de jazz; uma filha que se refere à viagem que aí vem como "também, são só cinco dias [de mar, sem escalas]"...

Ou as esquinas. Talvez haja muitas. Não sei. Percebo pouco de felicidade, muito menos do que do seu contrário, ou da sua ausência. Questão de prática: a felicidade é um empirismo. Requer prática.

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Yves Montand, vento, sol, verde, azul, calor. Há esquinas francamente simples.

O Gilles e a Marie-France são dois canadianos do Quebec que abriram uma pequena marina em Wobourn Bay, no sul de Grenada. Têm um restaurante, um mini-minimercado, WIFI e a melhor carne que tenho comido por estas paragens. E a melhor música, também. São encantadores.

Algumas nacionalidades têm esta característica: não conseguimos, por mais que tentemos (e apesar de sabermos que os há), encontrar-lhes um gajo antipático, idiota, palerma. Os canadianos do Quebec e os sul-africanos são assim. Ainda não conheci um (em viagem) que não fosse uma pessoa porreira, não há outro termo.

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