28.2.12

Varanda sobre o rio - IV

Não digamos nada. Deixemos o rio correr, indiferente às luzes laranja, às cadeiras brancas, rascas. Indiferente ao passado, ao futuro. O rio é, não foi nem será.

Isto é poesia. É mentira.

Heráclito não tinha razão. O rio vem carregado de tudo o que foi, e leva tudo o que será.

Eu sou esse rio, eu sou essa varanda que observa o rio que sou.

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