Mudámos outra vez de casa; agora moramos perto da Plaça de Frederic Chopin. Não foi a música que nos trouxe, claro: foi o preço, bastante mais baixo do que a casa de A., e a localização. Estamos de novo no centro da cidade.
É marginalmente melhor estar encalhado no centro de uma cidade do que na sua periferia.
Há menos trabalho em Palma, e mais, muito mais gente à procura do que é habitual. De momento a única esperança mais ou menos concreta que temos é a de uma travessia no R. B., um nome feio para um barco lindo. Mas o capitão só chega no fim desta semana, e até lá não passará de uma esperança.
O senhor que me queria contratar para a Costa Rica adiou o projecto para Abril. Não sei onde estarei em Abril. A verdade é que quando estou sem trabalho sonho com um trabalho fixo; e quando estou embarcado fico feliz por o trabalho ser temporário. Nestes barcos passa-se muito tempo em terra, e apesar de tudo navega-se mais em freelance. Mas também se encalha mais. Não somos os únicos - o consolo é parco, mas é algum.
A Plaça Chopin também é de parco consolo - não é bem uma praça, é mais uma rua de peões com árvores de ambos os lados e bancos entre elas, onde à noite por vezes me sento para ter acesso à net.
Depois vou para casa tossir, ouvir a Tatiana (e toda a gente com quem falo, verdade seja dita) dizer-me que tenho de ir ao médico, tomar uma colherada de xarope e dormir. Os sonhos são maus, mas são melhores do que estar acordado.
A próxima vez que me apareça um trabalho fixo aceito-o, prometo; enfim, pelo menos prometo que pensarei nisso a sério, mais de cinco segundos.
É marginalmente melhor estar encalhado no centro de uma cidade do que na sua periferia.
Há menos trabalho em Palma, e mais, muito mais gente à procura do que é habitual. De momento a única esperança mais ou menos concreta que temos é a de uma travessia no R. B., um nome feio para um barco lindo. Mas o capitão só chega no fim desta semana, e até lá não passará de uma esperança.
O senhor que me queria contratar para a Costa Rica adiou o projecto para Abril. Não sei onde estarei em Abril. A verdade é que quando estou sem trabalho sonho com um trabalho fixo; e quando estou embarcado fico feliz por o trabalho ser temporário. Nestes barcos passa-se muito tempo em terra, e apesar de tudo navega-se mais em freelance. Mas também se encalha mais. Não somos os únicos - o consolo é parco, mas é algum.
A Plaça Chopin também é de parco consolo - não é bem uma praça, é mais uma rua de peões com árvores de ambos os lados e bancos entre elas, onde à noite por vezes me sento para ter acesso à net.
Depois vou para casa tossir, ouvir a Tatiana (e toda a gente com quem falo, verdade seja dita) dizer-me que tenho de ir ao médico, tomar uma colherada de xarope e dormir. Os sonhos são maus, mas são melhores do que estar acordado.
A próxima vez que me apareça um trabalho fixo aceito-o, prometo; enfim, pelo menos prometo que pensarei nisso a sério, mais de cinco segundos.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.