12.3.13

Conclaves

Um gajo qualquer retirou-se do cargo que ocupava e agora há conclaves e fumo para saber quem o vai substituir. Não percebo a comoção toda que isso provoca. Gajos que vivem sem mulheres (ou, pior ainda, dizem que), acreditam nas coisas mais bizarras e comunicam por sinais de fumo merecem-me pouca credibilidade.

4 comentários:

  1. Como diria o saudoso diácono Remédios, não havia necessidade.
    Um "gajo qualquer" é o Papa, por quem deve haver respeito. Eu tenho, como é óbvio, porque sou católico. Mas não me ocorreria dizer, relativamente ao chefe de qualquer igreja, que ele seria um "gajo qualquer". É isso que às vezes distingue umas pessoas das outras - o respeito com que nos referimos a algumas pessoas/cargos, mesmo que não nos revejamos nelas.
    Não havia necessidade, Luís. E tenho pena.

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  2. João, viva.

    Não partuilho a sua opinião. Não tenho nada contra a religião, mas tão pouco tenho a favor. Nãao penso que o cargo de Papa confira a alguém o direito de ser respeitado, tal como o de imam ou curandeiro.

    Não há, na minha opinião, uma superioridade moral dos religiosos sobre os não-religiosos.

    As crenças da igreja católica não são melhores ou mais válidas do que outras quaisquer. E conheço-as relativamente bem, estudei em escolas religiosas até ao quarto ano do liceu.

    Não queria, obviamente, ofender ninguém - e muito menos a si - pessoalmente. Peço-lhe deculpa se o fiz. Mas mantenho o que disse.

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  3. Luís,
    Obrigado pela resposta. Não gostaria de polemizar, porque ambos temos mais, seguramente, com que nos entreter. Mas talvez me tenha explicado mal. Expliquei-me, seguramente.
    Não sou budista, mas não me ocorreria referir-me ao Dalai Lama como um "gajo qualquer". Não sou muçulmano, mas não me ocorreria referi-me ao chefe da comunidade islâmica portuguesa (ou mundial, se é que o há) como um "gajo qualquer".
    O mesmo se aplicaria a qualquer religião.
    Não sou republicano e não votei no Cavaco Silva, mas não me ocorreria referir-me a ele como um "gajo qualquer", apesar de não gostar dele.
    O mesmo se aplicaria a outros detentores de alguns cargos de relevo, mesmo que não goste deles. Há um certo respeito "institucional". Ou humano, que também me impediria de me referir a pessoas da sua família chamando-lhes um "gajo qualquer".
    No meu blogue, que é público (enfim, pouco...) tento cultivar o respeito pelas pessoas, sobretudo por quem não é aldrabão, corrupto, malandro. O líder de uma religião respeitada merece um tratamento diferente, sob risco de acharmos que "gajo qualquer" pode ser o isaltino morais, o hugo chavez e o papa bento xvi, mesmo que comunique bizarramente por sinais de fumo.
    O comentário não carece de publicação, até porque este diferendo é entre nós.
    Renovo o agradecimento pela sua resposta. Não me senti ofendido. Partilhámos uma boa paste de azeitona (feita por si), só isso seria o suficiente para impedir melindres.

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  4. João, pode mandar-me o seu mail para Lserpa@gmail.com?

    Obrigado

    Luís

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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.