Hoje vai ser um dia de chill out, como eles dizem. Eu chamo esperar, coisa que mais detesto fazer (ou não-fazer). Tínhamos encomendado umas alimentações 12 V para os computadores (temos dois. Como eu, M. gosta de redundâncias; ao contrário de mim, pode); overnight delivery, etc. As coisas deviam ter chegado no sábado; não chegaram e eu resolvi largar.
Mas sem gerador e com computadores alimentados a 110 achei melhor ficar e esperar a encomenda, claro. Hoje telefonámos para a empresa que os vende. Esqueceram-se de pôr as coisas na companhia de correio. Esqueceram-se. Acontece. De qualquer forma não teríamos podido sair hoje; a tripulação vai chill out, como eles dizem, e eu vou tratar de encontrar um estaleiro que nos possa receber em Quepos.
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Er. tem um problema com a mulher, Ela não aceita facilmente a separação, passam horas e horas ao telefone todos os dias. Ontem esteve quase para desembarcar, mas depois lá conseguiu convencê-la. Empatizo com ele. Já tive uma namorada assim - com uma diferença importante, porém: eu partia para trabalhar, não para férias.
Quando brincamos com ele, Er. diz que está a "planear manter o casamento". É um objectivo admirável. Mas eu não sei que pensar de um casamento que precisa de seis horas quotidianas de telefone por causa de uma separação de um mês (ou mês e meio, agora).
Não sei, realmente. Por muita vontade que tenha - e tenho - de "casar (se possível com a vizinha do lado) e ter filhos" (entre aspas por várias razões, mas não a falta de vontade), continuo a não compreender uma relação simbiótica.
A solidão pode ser um porto temporário, como recentemente aprendi; mas é um porto necessário. Uma pessoa que não sabe estar sozinha não sabe estar acompanhada.
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