4.7.13

Diário de Bordos - Cidade do Panamá, Panamá, 04-07-2013

Os panamianos acreditam na buzina como meio de regular o trânsito. Muito menos do que os marroquinos, é verdade; e menos do que os portugueses há uns anos. Mas bastante, mesmo assim. Também usam a buzina para assinalar a uma senhora que ela é senhora - nisto não são exigentes: desde que seja do sexo feminino leva uma buzinadela breve, não vá a mulher esquecer-se de que é mulher.

A buzina de que mais gosto é a de Alexis, o meu taxista de eleição. Tem um som estranho, parece quase um assobio e permite imitar o de qualquer trolha que se preze em Lisboa. Mas tive de o disciplinar um bocadinho. Proíbi-o (gentilmente, claro) de buzinar a senhoras gordas, obesas, feias, demasiado novas ou demasiado velhas. A minha irreprimível tentação pedagógica encontrou uma nova área de actividade: a estética.


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