Chego aos cinquenta e seis anos com pouca coisa no farnel. Mas das poucas que tenho posso estar orgulhoso: a minha liberdade, primeiro e mais que tudo; um filho e uma filha, uma ex-mulher e presente amiga; duas ou três coisas que escrevi - muito poucas, se comparadas à produção total (¿pero qué importa?, não é da escrita que vivo) - duas ou três viagens, duas ou três coisas boas que fiz a duas ou três pessoas.
A toda esta riqueza posso agora juntar outro bem: sei que consigo, finalmente, não julgar os outros. Ou seja, aprendi a conviver com as imperfeições alheias melhor do que com as minhas. Lá chegarei: não se pode ser tudo ao mesmo tempo.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.