Chego a Palma cerca de onze meses depois de aqui ter estado. Parece-me que a deixei na semana passada: identifico as ruas e os trajectos, antecipo o que vou ver, noto as diferenças, encontro - por acaso - N., em cuja casa vivi três meses. Isto é mais do que conhecer uma cidade, é amá-la e ser amado por ela.
........
As ruas estão carregadas de memória e destituídas de fantasmas.
........
Palma não é uma cidade para madrugadores. Mas é tão bonita que lhe perdôo. Às sete e meia da manhã a padaria ainda não abriu. Vou para um café esperar e leio o ABC (os cafés têm o hábito civilizado de ter jornais à disposição dos clientes). A sensação de ter sído daqui há pouco mais de uma semana reaparece. Os temas de sempre (à cabeça dos quais os autonomistas catalães), a qualidade dos textos, o prazer de pegar num jornal e ter a sensação de que não tenho tempo para o ler todo. Em Lisboa comprei o Público; li dois artigos.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.