Regresso do Palmar com uma luz de quase lua cheia. A selva é tão verde que o luar é esverdeado. Tudo - as sombras como as partes iluminadas - está em tons de verde.
Penso que até a escuridão é verde, quando não há lua; mas não é verdade: é negra como a estupidez.
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O atalho entre o Palmar e o detestável Kaiukos atravessa a floresta. É escorregadio - mais ou menos em função da cerveja de hoje e da chuva de ontem - mas lindo. A luz aparece filtrada pelas inúmeras camadas de todos os tipos de vegetação; ouve-se a vida (e vê-se) a cada passo.
Faço-o frequentemente, de dia ou de noite. É como o trajecto de panga entre a marina e Bocas: cada vez pelo menos tão lindo e fascinante como todas as outras; e muitas vezes mais.
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Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.