Faz devagar tudo o que podes, e depressa o que se deve fazer depressa. São poucas, as coisas que se devem fazer depressa: bater, por exemplo. Amar. Um bife. Tudo o mais se faz devagar. Cozinhar. Foder. Ler. Escrever. Fotografar. Viver. Dormir.
Deixa a carne marinar devagar. A inquietude, o desassossego, a dúvida. Que o tempo passe por ti sem se atardar e sem se apressar.
Vive muito, mas devagar. Como se a vida fosse um vinho bom, que insiste em permanecer no palato o tempo que lhe apraz. Como o corpo que amas no silêncio. Ama devagar. Espera devagar. Espera.
Devagar.
[Mas não deixes a carne queimar, porra.]
Sem comentários:
Enviar um comentário
Não prometo responder a todos os comentários, mas prometo que fico grato por todos.